Isso sempre acontece comigo. Sabe quando se está lendo um bom livro!?
Ele te prende, você pensa sobre o mesmo durante um bom tempo e qualquer tempinho que você tem, vai lá e dá uma lida, nem que seja apenas uma página.
E NUNCA é só uma página. NUNCA!
Não dá. Que nem "Elma Chips-Impossível comer um só!". Não dá pra ler uma só. Por mais que você se diga isso, que você não vai se atrasar, ou que não vai ficar com dor de cabeça por ler no ônibus - eu sempre tenho - você começa a ler e quando vê, tá quase passando do ponto onde vai descer.
Mas o que eu acho interessante, é o que a "temida pelos concursantes"
Clarice Lispector chamou de "Felicidade Clandestina". Descobri que esse é o título, não somente do conto que eu li e muito me idntifiquei, mas sim do livro de contos onde se encontrava o mesmo. Genial!
Mas o efeito "Felicidade Clandestina" é quando o livro se aproxima do fim. Você vê que derepente, do nada, o livro se encaminha pro fim. E o pior, a cada página o livro se torna melhor, mais interessante e você cada vez mais curioso/interessado pra saber o que vai acontecer. Mas o que me intriga é que quando chega essa hora, eu diminuo, e muito, o ritmo da leitura.
Se eu demorei dois dias pra chegar aí, demoro uma semana, ou mais, pra terminar o livro. E eu leio uma página e paro. Qualquer coisa me faz parar e ler só depois.
Sabe? Eu fico com pena, fico "sem vontade" de ler o fim, mas somente porque vai acabar. Os livros em sequência, tipo Harry Potter, ainda tem o consolo do próximo, mas os contos policiais que eu tanto gosto de ler não tem esse consolo.
E os em sequência, à lá Harry Potter, tem um agravante. O último livro. O grande problema! Você sabe que no fim desse, não terá próximo. Nenhum mais. Acaba ali! AH! Mas é tão bom passar seu tempo lendo, aquilo te ajuda, acalma e é irado!!!!
Mas uma hora acaba. E terá que acabar! Senão não pra que ler? Mas tente achar um outro. Tente ler mais. Quem sabe assim a gente pára de ler
erros bizarros por ae, ou por
aqui mesmo!
"Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade."
Pra quem quiser ler o texto
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